Veganismo e o meio ambiente

Produto Vegano

Para falarmos sobre os impactos positivos de uma alimentação exclusivamente a base de vegetais é preciso antes contextualizar e entender todas as consequências negativas que o meio ambiente enfrenta quando as nossas escolhas alimentares envolvem ingredientes de origem animal.

Brasil

De acordo com o Instituto Chico Mendes (ICMBIO), o Brasil é responsável pela gestão do maior patrimônio de biodiversidade do mundo. Isso o coloca no primeiro lugar no ranking de país mais biodiverso, que, além disso, abriga diversas espécies que não existem em mais nenhum outro lugar, as chamadas espécies endêmicas.

É riquíssimo, portanto, em recursos naturais sendo alvo principal das atividades humanas e por isso é tão importante que sejam evidenciadas as necessidades de práticas sustentáveis, dentre elas, escolhas alimentares conscientes, uso de materiais recicláveis, métodos de plantio que pressionem menos o desmatamento e que não utilizem produtos químicos nocivos, entre outros.

Se perdermos essa biodiversidade os ecossistemas naturais brasileiros entrarão em colapso e a nossa sobrevivência estará comprometida, uma vez que dependemos da natureza para a qualidade do ar que respiramos, estabilidade do clima, alimentação, água que bebemos e ainda pela economia que geramos a partir dela. Quando o habitat é destruído pelas ações antrópicas, ocorre o desequilíbrio de todo um ecossistema que não tem tempo para se recuperar. Precisamos agir com consciência a partir de agora enquanto há tempo.

Principal Ameaça – DESMATAMENTO

Construção de estradas, hidrelétricas, mineração e o processo intensivo de urbanização contribuem significativamente na redução das matas, mas a principal causa de desmatamento no Brasil é decorrente da atividade agropecuária.

Motivo:

Na América Latina, o agronegócio é o principal causador do desmatamento, segundo o novo relatório da FAO, O Estado das Florestas do Mundo 2016 (SOFO, na sigla em inglês). O SOFO aponta que o agronegócio gerou quase 70% do desmatamento na América Latina entre 2000 e 2010.

De acordo com o IBGE Produção Pecuária, só no primeiro trimestre de 2017 foram abatidos no Brasil:

  • 7,37 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária;
  • 10,46 milhões de cabeças de suínos;
  • 1,48 bilhão de cabeças de frangos;
  • A produção de ovos de galinha foi de 788,26 milhões de dúzias;
  • Foram registrados 5,87 bilhões de litros de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal).

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o setor de produção animal é um dos maiores responsáveis pelos mais sérios problemas ambientais, em todas as escalas – da local à global.

Consequências da agropecuária

Agropecuária e os biomas Brasileiros

Mata Atlântica

A Mata Atlântica é importante porque abriga milhares de espécies de animais e plantas: são mais de 15 mil espécies de plantas e mais de 2 mil espécies de animais vertebrados, sem contar os insetos e outros animais invertebrados. Das 633 espécies de animais ameaçadas de extinção no Brasil, 383 ocorrem na Mata Atlântica e um Hotspot mundial, ou seja, uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do planeta (SOS Mata Atlântica).

Apesar de sua clara importância para o equilíbrio do planeta e dos seres que nele habitam, restam menos de 8% da área original. Esse importante bioma foi intensamente explorado desde a época do descobrimento do Brasil e sofreu intenso processo de urbanização, sendo que, hoje, vive nele mais de 60% da população brasileira. Na região Sul, o bioma abrange os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde se destacam o plantio de lavouras de trigo, arroz, milho, soja, café, cultivos de eucaliptos e pinus, além da pecuária de corte e de leite.

Amazônia

Mata virgem Floresta Amazônica biO2 expedition 2018 foto: Ricardo Ortiz

Especialmente na Amazônia, a produção do agronegócio para os mercados internacionais foi o principal fator de desmatamento após 1990, resultado de práticas como o pastoreio extensivo, o cultivo de soja e as plantações de palma azeiteira (dendê). Práticas que ameaçam os pouco mais de 6 milhões de km2 que se estima ser hoje a área total da Floresta Amazônica na América do Sul e que nada menos do que 60% estão em território brasileiro (Ministério do Meio Ambiente).

Área de desmatamento Amazônia
Área de desmatamento para agropecuária biO2 expedition 2018 foto: Ricardo Ortiz

De acordo com o editorial da revista Science Advances publicado em 2018, o desmatamento da Amazônia está prestes a atingir um limite irreversível. Já são quase 20% de suas áreas desmatadas – e que se chegar a 25% causará uma mudança drástica na vegetação e no clima não só local, mas de diversas cidades do Brasil e dos países da América do Sul.

Isso acontecerá porque a Amazônia é responsável por liberar uma quantidade enorme de vapor d’água para atmosfera que é transportada pela corrente de ar e que promove as chuvas em outras regiões do país e do continente sul americano, garantindo a sobrevivência da fauna e da flora, que se não for protegida, se afetarão junto com as paisagens que tornarão mais degradadas, com vegetação rala, esparsa e, então, com baixa biodiversidade.

Cerrado

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, hoje 1/3 do território do Cerrado é ocupado por pastagens

Pantanal

O monitoramento feito pelo Instituto SOS Pantanal aponta que o bioma já perdeu, até 2016, 15,7% da sua área de vegetação nativa, ou 23.700 km², um pouco maior que o Estado do Sergipe. O principal motivo é essa conversão para gramíneas não nativas, como a africana braquiária, para uma intensificação da pecuária.

Plantio

De acordo com a EMBRAPA, com relação à alimentação animal, o milho é o principal ingrediente na formulação de rações, chegando a responder por 65 a 80% da composição. Cerca de 82% de todo o milho produzido no Brasil é consumido sob a forma de ração, principalmente para suínos e aves de corte. Já cerca de 79% da soja no mundo é usada para fazer ração animal e 18% para produção de óleo de soja.

Além disso, de acordo com a Aprosoja Brasil, 80% da soja processada vai para a produção de farelo de comida de gado, o equivalente a 49% da soja produzida no país. Da produção total apenas 7% vai para consumo humano.

Monocultura de milho
Cerrado, Chapada dos Veadeiros – GO, biO2 expedition 2017 foto: Ricardo Ortiz

O MÉTODO de PLANTIO do tipo monocultura é o mais utilizado pelas grandes indústrias. Isso significa que em uma área específica é retirada a vegetação biodiversa original e plantada apenas uma única espécie, como é o caso da cana, da soja e do milho, por exemplo. Em poucas palavras, esse ambiente torna-se propício ao aparecimento de pragas que encontram alimento em abundância e se reproduzem rapidamente aumentando significantemente a sua taxa populacional. Na natureza intocada não existem pragas porque o ecossistema encontra-se em equilíbrio, mas nesse caso, o agricultor sente a necessidade de intervir com agrotóxicos para que não tenha perdas consideráveis na produção.

Dados Importantes

Dieta vegetariana estatísticas
Dieta vegetariana estatísticas
Dieta vegetariana estatísticas
Dieta vegetariana estatísticas

Solução

Considerando que os principais problemas ambientais são decorrentes de nossos hábitos alimentares, é inegável a relação negativa que se forma entre a alimentação de carne e derivados da indústria agropecuária com o meio ambiente.

Por isso a biO2 a partir de 2018 produz somente alimentos veganos, uma vez que a dieta plant-based reduz consideravelmente o uso de recursos naturais.

Alimentação Plant Based

Uma dieta vegetariana reduz o consumo de água e energia, o nível de poluição da água e solo, emissão de gases relacionados ao efeito estufa. A compaixão animal poupa a vida de 70 bilhões de animais por ano.

Fonte: Sociedade Vegetariana Brasileira(SVB: Comendo o Planeta)

Política de direitos dos animais biO2

Alinhados com a declaração feita em 1978 pela UNESCO na Declaração Universal dos Direito dos Animais, acreditamos que a coexistência entre todos os seres vivos só é possível quando a espécie humana reconhece o direito das outras espécies animais à existência livre de exploração de qualquer tipo e para qualquer finalidade.

Reconhecemos a vida dos outros animais como semelhante a nossa e, portanto, entendemos que a criação animal para alimentação viola os seus direitos.

Por isso temos como missão:

Correlacionando com shake protein biO2

  • Não usar ingredientes de origem animal para produção de nossos produtos;
  • Colocar os nossos conhecimentos a serviço dos outros animais buscando a conscientização e o reconhecimento das pessoas perante a igualdade de direito entre todos os animais e os seres humanos.

Ao consumir um produto que substitui 20g de PROTEÍNA ANIMAL por 20g DE PROTEÍNA VEGETAL, você economiza:

Emissões CO2eq98%
Água92%
Terras52%

Na cidade de São Paulo

Uma pessoa vegana reduz 35% da sua pegada ecológica.

Fonte: World WildLife Fund (WWF) – A Pegada Ecológica de São Paulo, 2012.

Vegetariano por um dia

  • 14 kg de CO2 deixam de ser emitidos na atmosfera
  • 3.400L de água são economizados
  • 7 kg de grãos deixam de ser produzidos ou são redirecionados
  • 24m2 de terras são preservadas

Fonte: Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) Campanha Segunda Sem Carne

Ao deixar de consumir 1kg de Carne Bovina…

  • 17.100L de água são economizados
  • 335kg CO2 deixam de ser emitidos para atmosfera

Fonte: Sabesp; Artigo publicado no Jornal Internacional Journal of Life Cycle Assessment, 2012.

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